
EUA intensificam ação militar e preparam queda de Maduro...
- Wadson Bahia

- 22 de out.
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Trump quer derrubar Maduro. O governo dos Estados Unidos ampliou sua ofensiva militar e diplomática na América do Sul. Nesta terça-feira (21), as Forças Armadas americanas bombardearam um barco em águas internacionais no Oceano Pacífico, perto da costa da Colômbia. Foi o primeiro ataque fora do Caribe desde o início da operação contra o narcotráfico.
Segundo o secretário de Guerra, Pete Hegseth, dois tripulantes morreram. Ele afirmou que eram “narcoterroristas”. A ONU e especialistas em direito internacional classificaram o ato como “execução extrajudicial” e “violação da soberania” de países da região.
Fontes do Washington Post revelaram que o presidente Donald Trump autorizou a CIA a realizar “ações agressivas” na Venezuela. O documento não ordena explicitamente a derrubada de Nicolás Maduro, mas permite medidas que podem levar a esse resultado.
Analistas em Washington veem na escalada uma tentativa de desestabilizar o regime venezuelano por meio da pressão militar e psicológica. A Venezuela, em resposta, mobilizou tropas e denunciou os ataques à ONU como “intervenção ilegal”.
A Casa Branca justifica as ações com o argumento de combater o tráfico de drogas, mas dados oficiais mostram que a maioria das rotas do narcotráfico para os EUA passa pelo México e não pelo Caribe ou Pacífico. Especialistas avaliam que o combate ao narcotráfico serve de cortina de fumaça para uma operação política mais ampla.
A presença militar americana na região já soma destróieres, caças F-35, um submarino nuclear e mais de 6,5 mil soldados. Trata-se da maior movimentação no hemisfério desde a Guerra Fria.
grupo de especialistas da ONU em Direitos Humanos alertou que os ataques americanos configuram “grave ameaça à paz e à segurança regional”. Também lembraram que o uso de força letal sem autorização do Conselho de Segurança viola a Carta das Nações Unidas.
Na prática, Trump estaria “batendo os tambores da guerra”, expressão usada por diplomatas europeus, para consolidar poder interno e reafirmar o controle geopolítico dos EUA sobre a América Latina.
A política externa de Trump flerta com o autoritarismo e revive a lógica da Doutrina Monroe, intervenção sob pretexto de segurança. A Venezuela pode ser o primeiro alvo visível, mas o recado vale para todo o continente. A escalada militar ameaça a estabilidade sul-americana e enfraquece as instituições internacionais.





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