
A ameaça da Otan de impor sanções ao Brasil por manter comércio com Moscou...
- Wadson Bahia

- 23 de jul.
- 1 min de leitura
Especialista em relações internacionais comenta a ameaça da Otan de impor sanções ao Brasil por manter comércio com Moscou.
Para aumentar a pressão pelo fim da guerra no leste europeu, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) declarou que países que permanecerem negociando com a Rússia podem sofrer consequências. Por conta disso, as exportações brasileiras correm o risco entrar nos Estados Unidos com tarifas de até 100%, o dobro que já foi colocado.
O governo brasileiro compra, principalmente, petróleo e fertilizantes de Moscou e chegou a gastar R$ 67 bilhões em 2024 com importações do país em guerra.
Em entrevista para o Conexão Record News desta terça (22), o professor de relações internacionais e pesquisador em Harvard Vitelio Brustolin explicou que, em 2021, antes do conflito entre Rússia e Ucrânia começar, o Brasil comprava o aproximado de 0% em combustível diesel, mas, desde 2022, que coincide com o início da guerra, os gastos subiram para mais de 9000%, tornando o Brasil um “aliado indireto” ao fornecer o dinheiro investido no campo de batalha. Brustolin argumenta que o governo brasileiro teria outras opções para importar essas matérias-primas, apesar do custo mais baixo por conta do conflito.
O especialista ainda explicou que, caso as pressões da Otan e dos Estados Unidos prevaleçam, o comércio com o governo norte-americano seria impossível de acontecer: “Infelizmente essas tarifas secundárias podem ser de 100% a 500%, e seria inviável para o Brasil fazer comércio com os Estados Unidos dessa forma”, afirmou.




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